COBRAPOL Reúne Conselho Nacional de Entidades: Não à Reforma da Previdência e Apoio à Lei Orgânica da Polícia Civil e ao Fundo Nacional de Segurança Pública
Reunido esta semana, em Brasília – e sob a coordenação do presidente André Luiz Gutierrez, o Conselho de Entidades da COBRAPOL (foto) deliberou sobre vários assuntos de interesse dos trabalhadores policiais civis representados pela entidade.
Primeiramente, discutiu-se manter uma agenda de mobilização no Congresso Nacional com a entrega de um documento contrário à Reforma da Previdência, mesmo diante da decisão governamental de, em razão da intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro, suspender a votação da matéria na Câmara dos Deputados.
Nesse documento, entregue durante três dias consecutivos (terça, quarta e quinta-feira desta semana), a COBRAPOL denuncia “a forma como o governo federal vem atacando os servidores públicos, em campanha milionária, utilizando todos os veículos de comunicação que o dinheiro público pode comprar”.
Acrescenta, ainda, que, enquanto “chama esses trabalhadores de privilegiados, desconsidera os relevantes serviços que prestam à sociedade brasileira, omite o regime trabalhista e previdenciário que os regem, engana a população e tenta imputar a esses profissionais a responsabilidade da crise financeira existente no país”.
O documento enfatiza ainda que “é inadmissível que a farsa do rombo da previdência, declarada, inclusive, por meio de uma CPI instaurada e concluída no Senado da República, seja totalmente desconsiderada pelo governo e a Câmara Federal na apreciação de uma reforma que não acaba com privilégios, não cobra os inadimplentes e verdadeiros causadores do déficit previdenciário, muito menos sana ou combate a corrupção sistêmica que causa prejuízo anual em torno de R$ 200 bilhões”.
A COBRAPOL finaliza seu documento afirmando que “os policiais civis exercem profissão de risco, executam a segunda atividade mais estressante do planeta, de acordo com a OIT, e não calarão diante da atrocidade cometida pela classe política que insiste em retirar direitos consagrados”.
VIGILÂNCIA – Segundo o presidente da entidade, André Luiz Gutierrez, “embora o governo tenha recuado, o que representou uma grande vitória dos trabalhadores e da sociedade, vamos continuar vigilantes para impedir a consumação dessa ameaça às aposentadorias no país”.
FUNDO NACIONAL DA SEGURANÇA PÚBLICA E LEI ORGÂNICA – O Conselho de Entidades da COBRAPOL também deliberou sobre a prioridade em torno de duas questões que interessam diretamente à categoria: a criação do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), cuja Proposta de Emenda à Constituição (PEC Nº 3…) tramita na Câmara dos Deputados, depois de aprovada no Senado Federal; e a instituição da Lei Orgânica da Polícia Civil, cujo projeto está sendo discutido com o Poder Executivo.
AUDITORIA – A reunião também deliberou pela realização de uma Auditoria Interna nas contas da entidade com o objetivo de sanar eventuais irregularidades.
Participaram do Encontro das Entidades da COBRAPOL as seguintes lideranças: Itamir Alisson Neves de Lima, presidente da Fepol-Norte; Jorge Emilio Leal, Presidente do Sindipol Espírito Santo; Fabio Rossi Barddal Drummond, Presidente do Sinclapol; Ubiratan Rebello do Nascimento, Presidente do Sinpol-TO; Marcelo de Sousa Ferreira, representante do Sinpol-DF; Ricardo Nazário, Presidente do Sindpol-AL; Moacir Maia, Presidente do Sinpol AM; Rodrigo Marinho, Presidente do Sinsepol-RO e Narcisa Ardasse Monteiro, Presidente do Sinpol-AP
Fonte: Comunicação COBRAPOL