Cobrapol participa de seminário sobre Lei Orgânica Nacional, em São Paulo
O evento foi realizado pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados
O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Adriano Bandeira, participou, nesta quinta-feira (10), de seminário sobre a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, que ocorreu na Academia de Polícia Civil de São Paulo. O evento foi organizado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, da Câmara dos Deputados, por iniciativa do deputado federal Delegado Da Cunha (PP-SP).
O Projeto de Lei 1.949/2007, que trata sobre a Lei Orgânica, deve ser pautado em breve para votação. “Logo será votada no Plenário da Câmara dos Deputados a nova Lei Orgânica e a nossa ideia era trazer a matéria para que ouvíssemos as ideias e todas as sugestões oriundas da nossa polícia”, disse o deputado federal Delegado Da Cunha, na abertura do evento. O PL está sob a relatoria do deputado federal Delegado Fabio Costa (PP-AL). Sugestões podem ser enviadas para o e-mail do gabinete: dep.delegadofabiocosta@camara.leg.br.
Em seu discurso, o presidente da Cobrapol, Adriano Bandeira, destacou que, ao longo dos anos, a entidade sempre buscou o diálogo e o consenso interno para a modernização de todos os cargos da Polícia Civil. “Entendemos que essa bagunça de cargos na estrutura da Polícia Civil só favorece ao crime organizado. Não traz para a sociedade um atendimento com eficiência e modernização. Estamos em tempo de tecnologia e, lamentavelmente, temos colegas que, por falta de iniciativa, não enfrentam os problemas internos da Polícia Civil”, criticou.
De acordo com o presidente, a Cobrapol está vigilante à invasão das competências dos policiais de base. “Essa Lei Orgânica traz proteção e fortalecimento institucional. Entendemos que modernizar de forma verdadeira a Polícia Civil é valorizar todos os cargos e, inclusive, trazer um provimento único. Não deixaremos de trabalhar com essa pauta”, ressaltou.
Ele destacou ainda que, após a oposição de pensamentos ao longo de mais de 30 anos entre delegados e policiais civis da base, que gerou atraso para a Polícia Civil, a instituição tem agora uma janela de oportunidade para avançar. “Se fizermos uma avaliação concreta, percebemos que é um projeto que atende ao interesse público”, pontuou. Ele destacou que é necessário que a lei garanta uma Polícia Civil moderna, que traga a definição das atribuições e unificação dos cargos da base. “A desorganização da Polícia Civil precisa ser enfrentada de forma constitucional, em um debate transparente, jogando luz a esse texto da Lei Orgânica Nacional”, concluiu.
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