UPB Denuncia a PEC da Corrupção e da Imoralidade Pública
A União dos Policiais do Brasil (UPB), que integra as entidades representativas dos profissionais de segurança pública, entre as quais a COBRAPOL, emitiu Nota Pública contra a PEC da Corrupção e da Imoralidade Pública (PEC 32/2020 – reforma administrativa).
Segundo a UPB, “em momento sombrio da história do Brasil, numa tentativa clara de afrouxar o combate à corrupção, deixando “a boiada passar”, enquanto o povo contabiliza seus mortos, a PEC 32 propõe a retirada da estabilidade do servidor público, fazendo-o refém do assédio moral e cooptação pelo político de plantão, tornando-o presa fácil das armadilhas contra os interesses do Estado e os anseios da sociedade.”
O documento aponta também que a proposta “elimina, igualmente, a meritocracia, possibilitando indicações para cargos de chefia por políticos, de acordo com sua conveniência”, assinalando que “o mais repugnante é que, de forma vil e desrespeitosa, está proposta na PEC 32 a fragmentação das forças policiais, com reflexos danosos para todo o sistema de segurança pública dos municípios, DF, estados e União, quebrando o combate diuturno contra a corrupção e toda espécie de delitos como a malversação de verbas, improbidade, a luta incansável pela preservação do patrimônio, dos bens e serviços da nação e o embate sem trégua pela proteção da vida do cidadão”.
A nota é concluída com a firmação de que “o texto da PEC 32/2020 contém indícios de tentáculos que ensejam a formação de uma teia corruptora de proporções gigantescas, razão pela qual tem que ser veementemente combatida e retirada da tramitação no Congresso Nacional”.
COBRAPOL
Segundo o presidente da COBRAPOL, André Luiz Gutierrez, “o governo, principalmente através de sua equipe econômica, comandada por um jurado inimigo dos servidores públicos, o ministro Paulo Guedes, de forma oportunista, avança sobre os direitos conquistados ao longo de décadas do funcionalismo com o claro propósito de atender a elite econômica e financeira do país, em detrimento dos serviços públicos ameaçados pela privatização e terceirização” e acrescentou que “espera-se que os parlamentares não se submetam a essas pressões, pois o que está em jogo é, acima de tudo, o interesse público e social”.
Fonte: Comunicação Social