COBRAPOL Soma-se à UPB Contra o Tratamento Dado aos Policiais na Reforma da Previdência
ENTIDADES DEFENDEM SOLUÇÃO DIFERENCIADA E JUSTA PARA APOSENTADORIA DOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA ATRAVÉS DE LEI COMPLEMENTAR, COMO FICOU COMBINADO
A COBRAPOL somou-se às demais entidades que integram a União dos Policiais do Brasil – UPB no sentido de não aceitar o tratamento dado aos trabalhadores policiais civis, bem como aos demais profissionais da segurança pública brasileira, na proposta de Reforma da Previdência (PEC 06/2019) entregue pelo governo no dia de ontem (20) ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
O presidente da COBRAPOL, André Luiz Gutierrez, afirmou que “em todas discussões que a COBRAPOL e outras entidades representadas pela UPB participaram, principalmente com representantes do Poder Executivo, ficou definido que nossas categorias ficariam de fora da reforma previdenciária e receberiam o devido tratamento através de Lei Complementar, mantendo a simetria com os policiais militares, em razão do risco da atividade, do desgaste físico e mental, e da atividade exclusiva”.
“Os termos da proposta apresentada pelo governo não condiz com o que foi tratado e não nos atende, pois queremos a manutenção da simetria com o tratamento dado aos policiais militares. Pergunto: porque os policiais militares ficaram fora do texto da reforma e vão ser tratados por Lei Complementar se eles também são policiais, arriscam a vida como nós, policiais civis, e enfrentam as mesmas dificuldades, mudando apenas a sua atribuição?”, sentenciou Gutierrez.
O dirigente acrescentou, ainda, que “a COBRAPOL e a UPB vão continuar trabalhando para que nossas categorias fiquem fora do texto da emenda constitucional da reforma previdenciária, para que seja mantida na Constituição a caracterização de atividade de risco que desempenhamos e para que nossas aposentadorias sejam normatizadas por Lei Complementar, como é a LC 51/85, modificada pela LC 144/14”.
E argumentou: “a proposta não nos contentou e vamos reagir para que o assunto seja tratado, repito, por Lei Complementar, até para permitir uma discussão técnica sobre a aposentadoria de categorias que estão submetidas, constantemente, à atividade de risco, e cujos profissionais saem de casa todos os dias sem saber se voltam, como também precisamos de uma solução para as pensionistas que não podem ser abandonadas em caso de morte do profissional de segurança”.
O presidente da Confederação finalizou sua análise afirmando que “diante da força que a bandeira da segurança pública teve na campanha e na eleição do presidente da República, estamos esperançosos de que o governo e suas lideranças no Congresso Nacional repararão essa injustiça cometida contra os policiais civis e outras segmentos que oferecem sua vida, cotidianamente, na defesa da sociedade e do cidadão”.
A UPB já solicitou nova reunião na Casa Civil da Presidência da República para rediscutir o assunto diante da proposta governamental que está tramitando no Congresso Nacional. Tanto a COBRAPOL como a UPB continuarão, agora, mais do que nunca, intensificando suas ações no Legislativo para apresentar as razões pelas quais os profissionais de segurança pública devem ter um tratamento diferenciado por uma questão, antes de tudo, de justiça.
Segue, na íntegra, a Nota Pública da UPB sobre a Reforma da Previdência, assinada pelas 18 entidades que a compõem.
“Os profissionais da segurança pública brasileira, representados pela União dos Policiais do Brasil (UPB), legítimos garantidores da segurança dos cidadãos, da ordem e paz públicas, receberam com surpresa e indignação o conteúdo do texto da nova proposta de Reforma Previdenciária – PEC 06/2019.
O texto apresentado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional não condiz com a natureza do risco inerente à atividade policial e o atual cenário de segurança pública no país, muito menos com o discurso pró-segurança da sociedade e de combate ininterrupto à corrupção e às organizações criminosas, que fundamentam o programa de governo do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
APCF – Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais
ABC – Associação Brasileira de Criminalística
ABRAPOL – Associação Brasileira dos Papiloscopistas Policiais Federais
ADPF – Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
AGEPEN-BRASIL – Associação Nacional dos Agentes Penitenciários do Brasil
AMPOL – Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil
ANEPF – Associação Nacional dos Escrivães Polícia Federal
ANSEF – Associação Nacional dos Servidores da Polícia Federal
CENTRAPOL – Central Única Nacional dos Policiais Federais
COBRAPOL – Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis
FENADEPOL – Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
FENAGUARDAS – Federação Nacional de Sindicatos de Guardas Municipais do Brasil FENAPEF – Federação Nacional dos Policiais Federais
FENAPERÍCIA – Federação Nacional dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal
FENAPRF – Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais
SINDEPOL/DF – Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no DF
SINDIPOL/DF – Sindicato dos Policiais Federais no DF
SINPOL/DF – Sindicato dos Policiais Civis do DF
Fonte: Comunicação COBRAPOL
Combinado? Quando é que os brasileiros vão aprender que o que os políticos dizem não se escreve?
Gostaria de saber e vou cobrar o porque o sindpolmg não está integrando essa bandeira.