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ARTIGO – Eleições 2022: votar em policiais civis e priorizar a segurança pública é possível em todo o país

As eleições deste ano contam com candidatos policiais civis em todas as regiões do país. Aos poucos, a categoria tem demonstrado interesse e percebido a relevância em ocupar determinados espaços políticos, tanto no âmbito federal como estadual. Nesse novo cenário, a sociedade conta com candidatos que estão imersos diariamente no universo da segurança pública e que podem contribuir com ações e projetos voltados para minimizar os efeitos da criminalidade e insegurança em diversas localidades do Brasil.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública realizou um levantamento recente sobre os policiais que formalizaram candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Os dados preliminares indicam que o número de policiais candidatos – todas as categorias – nas eleições gerais do Brasil cresceu 27% em relação às eleições de 2018. Em 2022, foram registrados 1.866 candidatos oriundos das forças de segurança pública e defesa contra 1.469 em 2018. Assim, teremos uma média de 6,6% de participação de policiais nas eleições em 2022. 

Em relação às corporações, a maior parte dos candidatos é formada por policiais militares (mais de 800). Integrantes das Polícias Civis somam mais de 190 registros de candidaturas, entre delegados e outros cargos que integram a base das instituições, como agentes e escrivães. Embora o número de candidatos esteja distante do almejado no ambiente político-partidário, a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) tem defendido que a categoria policial civil tem muito a contribuir com a sociedade, sobretudo nas ações que envolvem a necessidade de um olhar atento para a segurança pública. 

O Brasil conta com pelo menos 53 facções criminosas em atividade, com registros de atuação nas 27 unidades federativas. Precisamos de candidatos com propostas que atentem para essa dinâmica criminal e que possam reformular ou reestruturar a área da segurança pública. Além disso, é necessário avançar com propostas mais exitosas no Congresso Nacional, sobretudo na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO). Os debates classistas e corporativistas precisam evoluir para propostas mais abrangentes no âmbito da segurança pública propriamente dita.

Embora tenhamos um maior quantitativo de policiais civis candidatos, somente conheceremos os resultados vitoriosos no próximo dia 02 de outubro. Mesmo assim, fica visível que a sociedade não pode mais negligenciar o debate da segurança pública. As Polícias Civis necessitam de um modelo de atuação mais eficiente e efetivo. Os policiais civis da base lutam diariamente pela garantia dos direitos que lhes são atribuídos, seja via Cobrapol ou por intermédio de federações e sindicatos atuantes na defesa dos interesses destes profissionais. Aliado a isso, precisamos torcer para que os colegas eleitos não virem as costas e abandonem a luta da própria categoria.

No ambiente democrático e dinâmico da atualidade, os policiais civis começam a despertar para a importância de colocarem os conhecimentos à disposição do eleitor. Nos próximos dias, o cidadão poderá votar em policiais civis preparados tecnicamente para priorizarem a segurança pública quando ocuparem suas novas cadeiras. Da nossa parte, fica a torcida para que vençam aqueles com as melhores propostas que atendam a necessidade do povo brasileiro. Vamos em frente!